segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Poema Geológico

O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta.

Miguel Torga in Diário XII

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Haka



Haj(k)a pujança.. Sábado os nossos meninos deviam apostar numa dancinha do vira ou pauliteiros de miranda. Ao som daquelas vozes rancheiras minhotas muito muito agudinhas..