" Trago-te o mar, as nuvens que só as crianças sonham a vermelho. Trago-te a terra que se transformou em húmus e a seiva morna das árvores, a dor que a vida faz latejar no pulso dos homens sozinhos... e o tempo, essa doença dos vivos, eternizou-nos. Noite após noite, falo-te, amo-te sem que o saibas. Posso tocar-te sem sentires sequer a minha presença. Posso estar, sem estar. Trago a cinza das horas nos cabelos e os dias da paixão onde não há dias nenhuns. Trago-te as palavras, e este cigarro que fumaremos a dois... e do mar recolhi esta coroa de rubras escamas e o silêncio dos náufragos... uma concha, um punhado de sal e a moeda de ouro que te enterro na boca antes de prosseguires viagem."
Al Bert0 in "O Anjo Mudo"
(porque sim. pelo céu vermelho. não por ti.)
(porque sim. pelo céu vermelho. não por ti.)
1 comentário:
(a)mar adentro ...
Enviar um comentário